Sistemas de Vácuo para Pó Combustível

O pó combustível pode ter origem em fresagem, lixamento, esmerilhamento, esmagamento, corte ou pelo simples manuseio de material na forma de pó. Quando o pó se acumula em uma oficina ou fábrica, ele pode explodir, causando incêndio e destruição. Toda instalação de manufatura é vulnerável.

Em 2008, depois de várias explosões midiáticas em fábricas, a OSHA reeditou a CPL 03-00-008, que descreve recomendações e diretrizes para diminuir o risco de combustão. As organizações de segurança continuam a se concentrar nesse problema e em maneiras de reduzi-lo.

Se uma nuvem de pó for inflamada dentro de uma área confinada ou semiconfinada, ela queimará muito rapidamente e poderá explodir. Essa explosão inicial poderá liberar mais pó ou danificar um sistema de contenção de pó. Como resultado, o pó adicional poderá causar explosões secundárias que podem ser muito mais destrutivas do que a primeira por conta do aumento da quantidade e da concentração de pó combustível dispersa.

Variáveis, como tamanho e forma da partícula, sistemas de ventilação, correntes de ar e concentração de umidade podem afetar a capacidade de combustão do pó. Além disso, essas variáveis podem mudar quando o material estiver sendo processado. Dessa forma, as tabelas publicadas sobre a capacidade de explosão de pó podem ter pouco valor, mesmo se o tamanho de partícula for maior do que a definição NFPA 654 de "qualquer material sólido finamente dividido que tenha um diâmetro de 420 mícrons ou menos".

Limpeza de Pó

A NFPA 654, seção 8.2.2.2, estabelece que "a aspiração deve ser o método de limpeza preferencial". O relatório continua, na seção 8.2.2.4, a afirmar que, quando despressurizações com ar comprimido ou vapor são usadas, "os métodos de aspiração, varredura ou lavagem com água são usados antes para limpar superfícies que podem ser acessadas com segurança antes de se usar ar comprimido".

Sistemas de vácuo centralizado diferem dos sistemas tradicionais de transporte pneumático ou dos sistemas de coleta de pó. Os sistemas de transporte pneumático têm origem e destino definidos. Já o sistema de vácuo central conta com pontos de vácuo de coleta que variam em número e localização. A maioria dos sistemas é projetada para múltiplos usuários e, portanto eles precisam funcionar igualmente bem quando um ou vários usuários estiverem operando o sistema ao mesmo tempo.

Os sistemas de vácuo estão disponíveis como sistema portátil ou central. Um sistema portátil geralmente apresenta um contêiner de coleta montado sobre rodas e uma mangueira plástica flexível presa ao contêiner. Vários acessórios de vácuo podem ser usados na extremidade da mangueira. O vácuo é fornecido por um soprador ou por ar comprimido da instalação.

Um sistema central consiste em uma unidade de energia de vácuo com um contêiner de coleta e normalmente é instalado em um local na fábrica. Em algumas aplicações, a unidade de energia e o minério do contêiner estão sobre rodas para a movimentação do sistema. Uma rede de tubos se estende do contêiner de coleta ao longo do teto até várias estações de trabalho ou pontos de coleta. Em cada estação, uma mangueira flexível é conectada à rede de vácuo no topo e desce até o nível do operador embaixo. Como em um sistema portátil, a extremidade livre pode receber uma grande quantidade de acessórios, cada um projetado para a coleta máxima de certos tipos de materiais e em determinados locais. O sistema centralizado normalmente tem um soprador maior em operação nele.

O conselho de normas da NFPA (National Fire Protection Association, Associação nacional de proteção contra incêndios) publicou a revisão de 2013 da NFPA 654: Norma para prevenção de incêndios e explosões de pó provenientes de fabricação, processamento e manuseio de sólidos particulados combustíveis. Agora que está em vigor, ela incorpora várias alterações significativas, mais notavelmente em manutenção e na determinação da existência ou não do perigo de um incêndio rápido ou de explosão dentro de uma instalação.

A seção 8.2 destaca os requisitos para um plano de manutenção formal. As instalações devem implementar um processo de inspeção planejado para avaliar as taxas de acúmulo de pó e frequência de limpeza para evitar que níveis de acumulação limite se desenvolvam em paredes, pisos, superfícies horizontais, como equipamentos, dutos, tubulações, tetos e superfícies ocultas, como compartimentos elétricos.

A seção 8.2.1.4 exige uma avaliação de risco documentada para determinar o nível de limpeza necessário para a conformidade com as novas regras. Saiba mais em www.OSHA.gov